Sem dúvidas os Beatles, caso continuassem, teriam lançados álbuns fantásticos depois de 1970. Já imaginaram as composições My Sweet Lord, Imagine, Maybe I'm Amazed, Mother, Let it Roll, Another Day, How?, só pra ficar por aqui, trabalhadas pelos quatro? Wau! Que quantidade de belíssimas canções John, Paul, George e Ringo lançaram nas suas carreiras solo!
Bom, sonhar é legal, mas a realidade foi outra e mesmo assim nos continuamos a curtir os quatro cada vez mais. E o blog traz hoje uma canção de Paul McCartney, Backseat Of My Car, que acabou sendo lançada oficialmente no seu segundo álbum solo, o Ram, de 1971. Só que aqui você vai ouvir um ensaio dela quando Paul ainda estava nos Beatles! Enjoy!
Good Night é a música que fecha o álbum duplo The Beatles (White Album), lançado em 22 de novembro de 1968.
Ela é cantada por Ringo, único beatle a aparecer na gravação, acompanhado de uma orquestra com arranjos e condução de George Martin.
Quem compôs Good Night foi John, que a fez como uma canção de ninar para Julian, único filho seu com Cynthia. Julian estava com cinco anos na época.
O arranjo de George Martin foi intencionamente baseado nas famosas orquestras de Hollywood e foi composta de doze violinos, três violões, três violoncelos, uma harpa, três flautas, um clarinete, um trompete, um vibrafone e um contrabaixo. O backing vocal foi feito pelos The Mike Sammes Singers.
A gravação que você vai ouvir hoje de Good Night ocorreu exatamente há 42 anos atrás, no dia 22 de julho de 1968 e é rara, pois há uma introdução feita por uma orquestra regida por George Martin. O vocal, como foi dito, é de Ringo. Enjoy!
Good Night (extended version with orchestral intro)
Difícil classificar um show de Sir Paul McCartney. Todos eles nos levam a estados oníricos. Somos tomados de extremo bem-estar. Irradiamos a certeza de não termos desperdiçado nossa paixão, nosso amor, com algo que não fosse encantador, universal, atemporal.
No domingo passado, 23 de novembro de 2014, em Brasília, o encanto se repetiu. E nós, pela quinta vez em shows de Paul no Brasil, estivemos lá.
A chuva castigou o dia todo, uma garoa insistente e fria, a começar pelos duzentos e poucos quilômetros que separam Goiânia de Brasília. Mas ela não foi o bastante para que viventes, felizardos, picados pela magia beatle, desistissem da aguardada empreitada.
O estádio Mané Garrincha é bem ao estilo de um ginásio. Suas arquibancadas, quase paredes de um copo, não são lá a estrutura que permita uma fácil locomoção e conforto. Funcional, mas exigente quanto a uma boa forma física (ou juventude), e quanto a uma certa resignação de sardinha na lata, para acomodação e curtição do espetáculo em questão. Ainda bem que, neste caso, não era simplesmente um espetáculo, era um show de Paul McCartney.
Isto posto, o resto foi deixar o dia-a-dia nos portões do estádio e absorver, límpidos receptáculos, a magia que inevitavelmente exalará de um palco onde Paul estará.
E com referências a todo o universo beatle - explosão perene que ilumina e colore o mundo há várias décadas -, damos de cara com James Paul McCartney e a sua (de certa maneira quase nossa também) história.
Jovial, pois 72 anos, para quem faz o que gosta com competência, dedicação e arte aliados à maestria em semear seu ofício, são como ausentar o corpo e a mente das ações do tempo. Político honesto - sim, nesse caso é possível -, perfeccionista, bem-humorado e atencioso, ele nos faz descobrir, logo nos primeiros acordes, o porquê da sua benção em ser o porta-voz de uma geração na qual all you need is love. Ele nasceu para isto.
E então 46 mil pessoas, de todas as faixas etárias, puderam se emocionar e cantar junto dele. Alguns relembrando momentos com olhos marejados - porém brilhantes -, outros prontos para embeber o espírito com o espanto de canções certeiras e cativantes, impossíveis de, agora em diante, serem esquecidas. Tatuagens gêmeas da pele.
Ouvir Hey Jude novecentas mil vezes, ou mais, é recarregar o refil da saúde do coração.
E comprova-se mais uma vez: tudo que tem por base coisas essenciais - quase que esquecidas pelo mundo contemporâneo -, como a sinceridade, respeito, criatividade, enaltecimento das relações humanas e a música - na sua mais cativante construção e mensagem - jamais serão algo da moda ou passageiras.
Por isso, não é difícil imaginar qual é a minha trilha sonora e a dos meus filhos. Quem pode duvidar da alegria da minha neta, de um ano e sete meses, ao cantar comigo Love Me Do todos os domingos?
Mané Garrincha escreveu o futebol com as pernas tortas. Paul McCartney, domingo passado, continuou a escrever a música com a mão esquerda. Saímos de lá com os olhos vidrados.
Ademais, quem quer ser admirado veste roupa fina e de grife. Quem quer ser amado veste uma camiseta dos Beatles.
E gravamos Golden Slumbers / Carry That Weight e The End. Enjoy!
George Harrison gravou uma demo da obscura canção Fear of Flying da cantora e atriz inglesa Charlie Dore, num dia entre 1979/1980, quando Dore visitou sua casa.
A demo foi redescoberta por Olivia Harrison, viúva de George, enquanto organizava seus arquivos. Enjoy!
Walls and Bridges é o quinto álbum lançado por John Lennon, gravado entre junho e julho de 1974, e lançado em outubro do mesmo ano.
Ele atingiu o primeiro lugar nos Estados Unidos ganhando disco de ouro e contém duas músicas de grande sucesso: Whatever Gets You Thru The Night e #9 Dream.
Lançadas também em singles.
Em 1974, John Lennon passou metade do ano bebendo com amigos e com a namorada May Pang. Separado de Yoko Ono, John estava vivendo em Los Angeles.
No período, ele participou das gravações do álbum de Ringo Starr, Goodnight Vienna, gravou com o músico Elton John e produziu o álbum Pussy Cats de Harry Nilsson.
Para a gravação do álbum, John chamou Elton John para participar da música Whatever Gets You Thru The Night, quando Elton lançou uma aposta: Se a canção atingisse o primeiro lugar nas paradas, John Lennon teria que cantá-la no palco do Madison Square Garden com ele. John topou, nunca imaginando que tal fato pudesse ocorrer.
Porém, em 28 de novembro do mesmo ano, quase um mês após o lançamento de Walls and Bridges, John apareceu ao vivo no show de Elton John no Madison Square Garden - a canção tinha atingindo o primeiro lugar! - e cantou três músicas: Whatever Gets You Thru the Night, Lucy In The Sky With Diamonds e I Saw Her Standing There, levando o público à loucura!
E o blog separou a gravação de Whatever Gets You Thru The Night ao vivo, naquele memorável dia no Madison Square Garden! John & Elton! Yeah!
O escocês Jimmy McColloch foi guitarrista do Wings, conjunto criado por Paul após a dissolução dos Beatles, de 1974 a 1977.
Quando Paul ia para o piano ou para a guitarra solo, Jimmy assumia o baixo. Ele participou da turnê de 1976 que originou o Álbum triplo Wings Over America.
Jimmy e Colin Allen compuseram a canção Medicine Jar, que trata de assuntos relacionados ao risco do uso de drogas, canção esta que foi lançada no Álbum Venus And Mars, do Wings, de 1975.
Hoje você ouvirá essa canção e verá a interpretação de Jimmy, Medicine Jar, gravada ao vivo durante a turnê do Wings de 1976 com backing vocals de Paul (baixo, guitarra, vocais, piano, vocais) e Linda (teclados, percussão e vocais).
Neste período, o Wings contava ainda, na sua formação base, com Denny Laine (guitarra, gaita, vocais, teclados, guitarra base) e Joe English (bateria, percussão e vocais).
A ironia que cerca essa música é o fato de Jimmy ter morrido exatamente de overdose de heroína, em 1979, aos 26 anos, quando já não fazia mais parte do Wings... Enjoy!
Medicine Jar
(McCulloch / Allen)
O que há de errado com você? Eu queria saber Você diz que o tempo irá dizer Eu espero que seja verdade Existe mais para a vida do que azuis e vermelhos Eu digo, eu sei como você se sente Agora os seus amigos estão mortos Mortos sobre os seus pés, você não chegará longe Se você continuar colocando a sua mão No jarro de medicina
Agora não desista Seja lá o que você faça Você diz que o tempo irá dizer Eu espero que seja verdade Se você cair e perder a sua cabeça Eu digo, eu sei como você se sente Agora os seus amigos estão mortos
Mortos sobre os seus pés, você não chegará longe Se você continuar colocando a sua mão No jarro de medicina
Mortos sobre os seus pés
O que eu posso fazer? Eu não posso acontecer Você diz que o tempo irá curar Mas muito devagar Então não se esqueça das coisas que você disse Eu digo, eu sei como você se sente Agora os seus amigos estão mortos
Mortos sobre os seus pés, você não chegará longe Se você continuar colocando a sua mão No jarro de medicina
Neste 9 de outubro de 2014 comemoramos o 74º aniversário de John Lennon. God bless you, John!
E o blog separou um vídeo em HD da canção Instant Karma! escrita e gravada por ele, lançada em fevereiro de 1970 como um compacto (single) pela Apple Records.
Instant Karma! é uma das três músicas solo de Lennon, juntamente com Imagine e Give Peace a Chance, no Rock and Roll Hall of Fame.
A canção está entre uma das músicas lançadas de forma mais rápida na história do rock, pois foi gravada (no famoso Abbey Road Studios) no mesmo dia em que foi escrita, sendo lançada apenas dez dias depois. Lennon, certa vez, chegou a dizer que "a escreveu para o café da manhã, a gravou para o almoço e a lançou no jantar". A música foi produzida pelo famoso produtor musical, Phil Spector.
Os músicos que participaram da gravação da música são John Lennon, como vocalista líder, violão e teclado; Billy Preston no piano; Klaus Voorman no baixo e backing vocals; Alan White na bateria; George Harrison na guitarra e vocais de apoio; Yoko Ono nos vocais de apoio; o assistente dos Beatles, Mal Evans, no sinos tubulares e palmas, além do empresário dos Beatles Allen Klein e outras pessoas convidadas para que pudessem fazer um overdub nos vocais de apoio. A produção da canção usou a famosa técnica "Wall of Sound" (Parede de Som) criada por Spector.
No vídeo abaixo, de 11 de fevereiro de 1970, Lennon e Ono estão na BBC Television, no programa Top of the Pops para promover Instant Karma!, acompanhados por Alan White, Klaus Voormann, Mal Evans e BP Fallon .
Enquanto os outros músicos fingem tocar - rolava um playback elaborado pelo engenheiro Geoff Emerick - John cantou ao vivo.
Esta foi a primeira aparição no programa por qualquer membro dos Beatles desde 1966, bem como a apresentação pública do novo visual de cabeça raspada dos Lennons.
Duas versões de Instant Karma! foram gravadas para Top of the Pops, e foram ao ar no dia 12 e 19 de Fevereiro, respectivamente.
No clipe do "tricô", como ficou conhecido à época - e que você vai ver e ouvir agora -, Lennon usa um tipo de cacharrel preta com gola rolê e Yoko senta-se ao lado de seu piano, com os olhos vendados, tricotando.
Curiosidades: 1) Alan White, o baterista, resolveu introduzir batidas sequenciais em determinados trechos da canção por conta própria e John Lennon gostou, deixando-o a vontade para executá-las nas gravações e nas apresentações. 2) Mal Evans, o eterno roadie, pode ser visto ao pandeiro, após ter ido buscar aquele pessoal que fica dançando ao fundo numa boate perto dos estúdios, pois John queria mais movimento no clipe. Evans simplesmente chegou na boate, pegou o microfone e disse: "- Quem está a fim de participar de um clipe de John Lennon ali na esquina?" E a galera o seguiu, meio bêbada, mas com certeza muito feliz! Enjoy!
You Saved My Soul é uma demo de John, gravada no seu apartamento no Dakota, NY, em 1980.
É uma das últimas canções de John, nunca lançada oficialmente e que tem gerado algumas controvérsias sobre John ter-se convertido ao Cristianismo nos seus últimos anos de vida.
Alguns acham que a canção é apenas mais uma das ironias de John para curtir com as pessoas, coisa que ele adorava. O que dá força a ser uma ironia - ou mesmo uma interpretação errônea - é que nunca John chegou a dar uma declaração sobre esse possível 'renascimento cristão' nas suas entrevistas à época. Para mim, no entanto, John está é agradecendo à Yoko, por ela ter ficado ao lado dele nos seus momentos mais difíceis, desde 1968 e mesmo no fim de semana perdido, pois, ela em Nova York e ele em Los Angeles, não deixavam de se falar ao telefone várias vezes ao dia.
E você, o que pensa sobre o assunto? Enquanto isso, push play!
You Saved My Soul (Você Salvou a Minha Alma)
John Lennon
Quando eu estava sozinho e com medo
Eu quase fui fisgado por um pregador da TV
Em um quarto de hotel em Tóquio
Oh, só você realmente me salvou do suicídio
Porque todas as coisas que eu quero é morrer junto de você
Flowers in the Dirt é o oitavo álbum de estúdio de Paul McCartney, lançado em 1989 no dia 5 junho.
Ele é considerado como uma espécie de retorno já que depois de seu lançamento, Paul partiu em turnê mundial, coisa que ele não fazia desde a turnê com os Wings em 1976.
Neste álbum, Paul conta novamente com a participação do guitarrista da banda britânica Pink Floyd David Gilmour - que já participara do álbum Give My Regards to Broad Street, de 1984 - na faixa We Got Married, num solo sensacional.
Mas hoje o seu blog preferido de outtakes dos Beatles, e dos seus integrantes na carreira solo, separou a canção Big Day, um outtake do Flowers in the Dirt! Enjoy!
O triplo All Things Must Pass foi o terceiro álbum de George e o primeiro após a separação dos Beatles. Gravado entre maio e setembro de 1970, George convidou grandes amigos para participarem do álbum, entre eles Eric Clapton, o ex-beatle Ringo Starr, Bob Dylan, Billy Preston, Peter Frampton, membros da banda Badfinger e Phil Collins. O álbum foi lançado no mês de novembro.
O single principal de All Things Must Pass foi My Sweet Lord, que se converteu logo em um grande êxito, alcançando o primeiro posto das paradas de sucesso em nível mundial.
O álbum alcançou o quarto posto nas paradas britânicas e passou sete semanas em primeiro lugar nas norte-americanas, ganhando seis álbuns de platina. Em 2001, foi lançada uma edição remasterizada do álbum contendo uma nova versão para My Sweet Lord.
E é a belíssima My Sweet Lord o outtake separado para hoje. Repare que é uma das primeiras gravações da canção, ainda sem os backing vocals e sem a guitarra solo. Sing, George!
Gone Tomorrow Here Today é uma canção de Paul e que nunca foi lançada. Aqui nesta gravação de 11 de junho de 1968, durante as Blackbird Rehearsal Sessions, ela aparece entre um bate-papo e a canção Blackbird. Cool!
Hoje você vai ouvir os Beatles com George cantando Roll Over Beethoven, de Chuck Berry, no Liverpool Empire, ao vivo, em 22 de dezembro de 1963, com apenas 20 anos. Ele completaria 21 anos no dia 25 de fevereiro de 1964. Ok, George!
Roll Over Beethoven (live Liverpool Empire dec 1963)
The Girl Is Mine é um single criado por Michael Jackson e Paul McCartney. Composto por Michael, e lançado em 18 de outubro de 1982, é o primeiro single do seu álbum Thriller (disco mais vendido de todos os tempos, com mais de 70 milhões de cópias).
Em forma de um diálogo, Paul e Michael "lutam" entre si pelo amor de uma mulher, cada um dizendo que poderia amá-la mais que o outro.
Ela foi gravada no Westlake Studios, Los Angeles, nos dias 14 a 16 de abril de 1982. Um ano depois, Michael e Paul gravariam também as excelentes Say Say Say e The Man, para o álbum de Paul, o Pipes of Peace, de 1983.
The Girl Is Mine chegou ao topo no R&B Singles Chart, atingindo o número 2 na Billboard Hot 100 e número 8 no REINO UNIDO. Em 1985, ela atingiu a marca de 1,3 milhões de cópias vendidas e recebeu o disco de Platina pela Recording Industry Association of America, por ter ultrapassado a marca de 1 milhão nas vendas.
Ouça no post de hoje a divertida e premiada The Girl is Mine, com Michael Jackson e Paul McCartney. É ruim, hein? Listen!
Besame Mucho é o título de uma canção escrita em 1940 pela mexicana Consuelo Velásquez antes de completar seu 16° aniversário.
Ela inspirou-se em uma ária de uma ópera do compositor Enrique Granados. Rapidamente a canção se converteu em uma das mais populares do século XX. Emilio Tuero foi o primeiro a gravá-la. Em 1999, a canção foi reconhecida como a mais cantada e gravada do idioma espanhol, e talvez seja a mais traduzida entre as compostas nesta língua.
Os Beatles gravaram esta canção no dia 1º de janeiro de 1962, junto com outras 14 mais, durante a famosa audição nos estúdios Decca Records. Na época, o baterista dos Beatles era Pete Best, e os vocais principais ficaram por conta de Paul.
Em 6 de junho do mesmo ano, eles tocaram outra vez a canção na audição dos estúdios EMI (quando finalmente assinaram um contrato de gravação).
Esta última gravação de Besame Mucho foi incluída no álbum lançado em 1995 Anthology 1. Por época das gravações do filme Let It Be, os Beatles a tocaram novamente.
O outtake de hoje é exatamente essa gravação feita em 6 de junho de 1962 e, como dito acima, com Pete Best ainda na bateria. Listen! Besame Mucho (cover)
Direto do Apple Studio na Savile Row, o dia é 26 de janeiro de 1969. Apesar de estar rolando as Get Back Sessions, que dariam luz ao álbum e filme Let it Be, várias canções que viriam a figurar o track list do álbum Abbey Road estavam sendo construídas e ensaiadas.
Uma delas, e a que você vai ouvir na postagem de hoje, é Octopus' Garden, de Ringo. Reparem que a letra ainda estava em fase de construção, bem como ainda a própria melodia.
Um take sensacional, que mostra bem o quanto os caras estavam maduros e o entrosamento no ápice! Listen!
A música de Paul, She Came Through The Bathroom Window, porém creditada à Lennon / McCartney, teve um pré-gravação no dia 22 de janeiro de 1969 durante as Get Back Sessions com o nome de Bathroom Window, na Apple Studio em Savile Row, 3. Este ensaio saiu na edição do Anthology 3. Mas para o álbum Abbey Road, a música foi gravada no dia 24 de julho de 1969, e concluída em 21 de agosto de 1969.
Junto com Polythene Pam de autoria de John, elas formam um só bloco, e foram gravadas juntas. É introduzida por um grito de aviso de Paul: " -Oh! Look out! She came in through the bathroom window." (" -Atenção! Ela entrou através da janela do banheiro."). Na verdade, uma fã mais afoita certa vez invadiu a residência de Paul, em Cavendish 7, próxima aos estúdios da Abbey Road, entrando pela janela do banheiro. Outras conseguiram entrar por outros caminhos e levaram alguns pertences de Paul. Porém, mais tarde, voltaram e devolveram. A maioria.
John gostava de se isolar no sótão da sua casa em Kenwood (Cynthia quase não o via no dia a dia, pois ele, quando não estava no estúdio de gravação em Abbey Road, estava no sótão absorvido por suas composições) e lá gravava tudo que lhe vinha na cabeça e, invariavelmente, tinha sempre um rádio ligado (na gravação de hoje dá para ouví-lo sintonizando o aparelho).
No livro de Cynthia, chamado John, ela faz o seguinte relato a cerca do sotão de Kenwood: " -No outro cômodo do sótão, um estúdio básico de gravação havia sido montado. Aquilo costumava ser uma bagunça total - com discos jogados entre sacos de salgadinhos, pedaços de papel com esboços de letras e equipamentos de gravação por todos os lugares. John frequentemente desaparecia lá dentro durante algumas horas, para mais tarde gritar do topo das escadas: '- Cyn, o que você está fazendo? Venha ouvir isto.' Se eu não chegasse lá imediatamente, ele gritava novamente: ' -Venha, Cyn, largue o que estiver fazendo. Eu preciso de você AGORA!'".
Foi numa dessas sessões que John, sem perceber, colocou uma fita do lado contrário e ficou fascinado com o efeito, que foi introduzido em algumas músicas dos Beatles como na pioneira I'm Only Sleeping, de 1966. George Martin conta que quando John descobria algum coisa assim ficava o tempo todo perguntando para ele se poderia colocar o efeito em todas as canções que compunha.
Hoje você vai ouvir uma demo de She Can Talk To Me, gravada no sotão de Lennon, que mais tarde viria a ser a canção Hey Bulldog, que já foi também Hey Bullfrog, mas Paul ficou "latindo" durante os seus takes e John mudou, finalmente, para Hey Bulldog.
Nota-se que há uma segunda voz na gravação e é possível que seja Paul, pois ele tinha costume de aparecer na casa de John para compor ou burilar alguma canção. Em 1968, John já tinha um home-studio instalado no sótão em Kenwood. Nas demos de Strawberry Fields, gravadas lá mesmo em Kenwood por ele sozinho, também tem overdubs - vocais e instrumentais. Antes do estúdio em casa, ele usava um gravador portátil sem muitos recursos, caso das demos de Bad To Me, I'm In Love, etc. É o John nos 2 vocais dessa demo de She Can Talk To Me.
A música, lançada no álbum Yellow Submarine em 13 de janeiro de 1969, foi usada num segmento animado do filme com o mesmo nome do álbum, que inicialmente só apareceu na versão europeia. Cool!
You Know What To Do foi uma das primeiras músicas feitas por George. Nesse take de 3 de junho de 1964, que só seria lançado no Anthology 1 de 1995, estão Paul, George e John (no pandeiro), pois Ringo estava doente e prestes a ser substituído por Jimmy Nicol na turnê que começaria em breve. Sing, George!
#9 Dream é uma canção de John que aparece na sétima faixa do seu álbum de 1974, o Walls and Bridges.
Em janeiro de 1975, ela foi lançada como single junto de outra canção do mesmo álbum, What You Got.
#9 Dream confirma a fascinação de John pelo número 9 (ele nasceu em 9 de outubro - Sean, seu filho com Yoko nasceria também no mesmo dia em 1975! - e, coincidentemente, a canção apareceu no 9º posto da U.S. Charts quando foi lançada. Na faixa é também percebida a participação de May Pang no backing vocal, companheira de John naquela época. May Pang também repete a frase do côro "Ah! böwakawa poussé, poussé", como se chamasse John num sonho...
O número 9 aparece repetidamente na vida de John, que acreditava ter ele um significado metafísico. Veja:
John nasceu em 9 de outubro (1940). Seu filho Sean também nasceu em 9 de outubro (1975). Brian Epstein, primeiro empresário dos Beatles, viu pela primeira vez o conjunto tocando no Cavern Club em 9 de novembro (1961) e assinou o primeiro contrato com a EMI em 9 de maio (1962). Num dos desenhos, feitos por John, que estampam a arte do álbum Walls and Bridges, há um em que ele retrata um jogador de futebol com um enorme número 9 estampado às costas. Além de #9 Dream, John compôs também One After 909 e Revolution 9. John conheceu Yoko em 9 de novembro (1966), 9 anos após ter conhecido Paul e 9 anos antes do nascimento de Sean. John morou no Edifício Dakota, emblemática construção de 1881 (1+8=9 e 8+1=9) no apartamento 72 (7+2=9). O Dakota situa-se na 72nd Street (7+2=9) em Nova Iorque. John foi assassinado tarde da noite do dia 8 de dezembro (1980), mas foi dado como morto quando eram as primeiras horas do dia 9 de dezembro no seu local de nascimento, Liverpool (que tem 9 letras), Inglaterra.
O take de hoje traz um remix da canção #9 Dream, onde não tem a participação de May Pang. Number nine, number nine, number nine...
Aproximadamente 55.000 pessoas apreciaram a apresentação dos Beatles no Shea Stadium, NY. Foi o primeiro show de rock realizado em um estádio aberto. O Shea era um estádio de beisebol que foi fechado para demolição em 28 de setembro de 2008, onde jogava o New York Mets. Ali também foi a casa do New York Jets, time de football americano, de 1964 a 1983. Essa apresentação dos Beatles foi em 15 de agosto de 1965.
Você vai ver e ouvir agora a loucura que foi quando eles cantaram Help. Play it loud!
Na série MTV Unplugged, inaugurada por Paul em 25 de janeiro de 1991, ele cantou várias canções, entre seus sucessos e alguns dos Beatles lançando o álbum Unplugged (The Official Bootleg).
Deste dia memorável, você vai ouvir a canção que Paul compôs ainda nos Beatles chamada Things We Said Today, que acabou não figurando na track list final. Outras canções, também não incluídas, podem ser ouvidas clicando aqui e aqui também. Paul!
E na esteira das interpretações da canção Lucy in the Sky with Diamonds (Lennon/McCartney), tema da telenovela da Rede Globo que estreou ontem, segue abaixo a do cantor e intérprete goiano, César Canedo. Yeah!
Os Beatles tocavam a canção Rock And Roll Music, de Chuck Berry, desde os shows de Hamburgo, no início das suas carreiras. Depois a tocaram também na BBC de Londres, no programa Pop Go the Beatles. Mais tarde, em 1964, exaustos de tanta turnê e pressionados pela gravadora para gravar um disco que deveria ser lançado no Natal, eles decidiram incluí-la no álbum Beatles For Sale, lançado em 4 de dezembro de 1964.
A versão dos Beatles de Rock and Roll Music foi lançada como single em vários países e chegou ao topo das paradas na Noruega, na Holanda e Austrália.
Ok. E a Rock And Roll Music, que você vai ouvir hoje aqui no blog, é um vídeo remasterizado de uma apresentação ao vivo na Alemanha! Enjoy!
Almost a Beatle Song inicia-se com um convite para Paul McCartney cantar a canção. É uma homenagem a ele, Ringo, George e John.
A letra da canção mistura títulos das canções dos Beatles. No início, faz alusão à época de ouro do grupo. E, na segunda parte, referência às carreiras-solo.
Masterizada por Goeff Pesch (Gorillaz, Blur, Coldplay e Jimmy Page & Robert Plant) no Abbey Road Studios, em Londres. Templo do rock, imortalizado pelos Beatles.
O vídeo clipe foi realizado pelo artista espanhol, Álvaro Ortega, referência mundial na animação com temática “Beatles”.
Ortega nos brinda com uma obra de arte repleta de referências visuais às canções, estórias e personagens.
Música: ALMOST A BEATLE SONG
Álbum: ROCK EM QUADRINHOS
Artista: ANTONIO OLIVEIRA & PIRATAS DO PORTO
Composição: Antonio Oliveira
Arranjo: Alexandre Di Paoli
Vídeo Clipe: Álvaro Ortega (Espanha)
Masterização: Goeff Pesch - Abbey Road Studio (Inglaterra)
Almost a Beatle Song(Antonio Oliveira)
Speaking: Hi Paul! Would you like to sing this song?
Clipe oficial da canção Early Days, do mais recente álbum de Paul McCartney, o New.
"A ideia foi inspirada no encontro casual, em 1957, que iria mudar para sempre as vidas de Paul, John, George e Ringo.", explica o diretor Vincent Haycock.
A proposta que Vincent escreveu para este maravilhoso clipe de 'Early Days' simplesmente começa assim: " -Este filme é uma homenagem poética aos primórdios do lendário Paul McCartney e a relação com John Lennon.".
Filmado entre LA, Natchez, Mississippi e Faraday, Louisiana, Vincent passou quase um mês trabalhando no vídeo.
Paul gravou seus trechos em dois dias, em Los Angeles, e a história se desenrola em torno de um desempenho íntimo dele com uma guitarra acústica.
No vídeo aparece Paul tocando com um grupo de guitarristas de blues, incluindo seu amigo Johnny Depp. Cool!
EARLY DAYS
by Paul McCartney
Eles não podem tirar isso de mim, nem se tentassem
Eu vivo através desses primeiros dias
Tantas vezes eu tive que mudar da dor para o riso
Apenas para não ficar louco.
Vestido de preto da cabeça aos pés
Duas guitarras em nossas costas
Andávamos pelas ruas da cidade
Procurando alguém para ouvir a música
que havíamos escrito em casa.
Mas eles não podem tirar isso de mim, nem se tentassem
Eu vivo através desses primeiros dias
Tantas vezes eu tive que mudar da dor para o riso
Apenas para não ficar louco.
Cabelo penteado para trás com vaselina
Como as fotos na parede
da loja de discos local
Ouvindo ruídos que estávamos destinados a lembrar
Decididos que nunca acabasse a emoção.
Doces memórias dos amigos do passado
Sempre voltam para você, quando você as procura
E a sua inspiração, por muito tempo pode durar
Pode voltar a você outra vez.
Agora todo mundo parece ter a própria opinião
Quem fez isso e quem fez aquilo
Mas, quanto a mim, eu não vejo como eles podem lembrar
Já que não estavam onde aconteceu.
Eles não podem tirar isso de mim, nem se tentassem
When a Boy Meets a Girl é uma home demo de John, da época do seu primeiro álbum solo, o John Lennon And Plastic Ono Band, de 1970, que nunca foi lançada. I hope you enjoy!
No dia 23 de julho de 1963 os Beatles tocaram no programa de rádio Pop Go The Beatles, da BBC de Londres, a canção Nothin' Shakin', de Fontaine/Calacrai/Lampert/Gluck.
Quem cantou foi George, que completara 20 anos em fevereiro. Listen!
That's My Life (My Love And My Home), de Alfred Lennon, pai de John, foi originalmente lançada em 1965, pela Pye como single (7N 35290). Ela foi escrita pelo próprio pai de John e pelo seu empresário Tony Cartwright e teve produção de John Schroeder com a ajuda de Alan Tew.
No portal da Beatles Brasil eu li que Alfred Lennon, nasceu no dia 14 de dezembro de 1912 em Liverpool. É sabido que a relação de John com os pais, Julia e Alfred, foi muito conturbada.
Alfred conheceu Julia Stanley, uma garota de apenas 14 anos, no Sefton Park, em 1927 com quem namorou durante 10 anos. Nesse meio tempo, Alfred se tornou um marinheiro comerciante em suas viagens fora do país.
Em 1930, ele foi para o mar e se tornou garçom de um navio. Entre as viagens ele ficava na casa dos Stanley na New Castle Road, Wavertree, e ensinava Julia a tocar banjo.
Eles se casaram em 3 de dezembro de 1938 e quando John nasceu, em 9 de outubro de 1940, ele estava no mar.
Depois de vários sumiços e complicações, que impediam Alfred de mandar dinheiro para Julia, ela teve um rápido relacionamento com outro homem e deu à luz a uma menina em 1945, mas um casal norueguês adotou a criança. Posteriormente Julia passou a viver com John Dykins, deixando seu filho John com sua irmã Mimi, na Menlove Avenue.
No verão de 1946, Freddie ligou para Mimi e perguntou se ele poderia levar John a Blackpool. Mimi disse que não poderia recusar e Freddie levou seu filho para ficar num flat com ele e um amigo em Blackpool.
Durante as poucas semanas que eles passaram juntos, Freddie perguntou a John se ele desejava ir à Nova Zelândia com ele. A ideia de Freddie veio quando seu amigo se mudou pra lá e via boas chances para trabalhar no mercado negro.
Julia chegou ao flat furiosa dizendo que John deveria voltar com ela, mas Freddie perguntou ao garoto se ele queria voltar com a mãe dele ou se queria ir para a Nova Zelãndia. John disse que queria ir com o pai. Julia deu meia volta e foi embora, mas o garotinho de 6 anos mudou de ideia e saiu correndo atrás da mãe, que o levou de volta para a casa de sua irmã Mimi.
Em 1964, Freddie finalmente decidiu abandonar a vida no mar e foi trabalhar como porteiro no Greyhound Hotel, Hampton, perto de Londres. O jornal Daily Express descobriu que ele era pai de John e queria promover um encontro entre ele e seu filho famoso.
Freddie foi ao set de A Hard Day's Night mas John não pôde recebê-lo, pedindo para que deixasse seu endereço para que ele pudesse escrever. John mandou uma carta para Greyhound com uma nota para "Querido Alf, Fred, pai, papai, ou o que seja", com 30 libras inclusas.
John passou a enviar regularmente 20 libras por semana a Freddie, que se mudou para um flat em Kew, tendo sua vida registrada em várias revistas e à mercê dosflashes. Ele também se encontrou com um empresário que quis gravar um disco seu, com uma canção chamada That's My Life, (a canção do post de hoje) que foi lançada como single em dezembro de 1965 pela Pye Records. No encarte, o seguinte texto:
"Freddie Lennon, 53 anos, pai de John, gravou o seu 1º disco. Foi intitulado That's My Life (My Love And My Home)".
No final de 1967, Alfred e seu filho se reconciliaram. Na época Freddie começou a namorar uma estudante de 19 anos, o que desagradava a todos. Com 56 anos, Freddie tinha 3 vezes a sua idade.
A família da garota era contra o relacionamento, mas eles foram para a Escócia e se casaram lá. Foram viver em Brighton.
Quando seu filho David nasceu (John teve outro irmão por parte de pai! Estará vivo?), eles o levaram para John conhecer no Tittenhurst Park. John achou aquilo nojento e os expulsou, pois aquela situação lhe trazia amargas lembranças.
Anos mais tarde, quando Freddie estava morrendo, John conversou com ele pelo telefone em várias ocasiões, apesar de Freddie mal poder falar.
Quando ele morreu, em 01 de abril de 1976, John se ofereceu para pagar seu funeral, o que foi rejeitado por sua então viúva, Pauline.
A canção gravada por ele tem sons de mar (Freddie era marinheiro), a voz tem a característica típica de John e é mais falada do que cantada em tom country. Ela conta a história da vida dele. Listen!
Who Can See It é uma canção de George Harrison , lançada em seu álbum de 1973, o Living in the Material World .
A letra reflete os inquietos sentimentos de George em relação ao legado dos Beatles, três anos após a dissolução da banda, bem como um grau de amargura em seu estado inicial em relação aos ex-companheiros John Lennon e Paul McCartney, durante a carreira do grupo.
Músicos, críticos e biógrafos sugerem que George escreveu Who Can See It durante um período de angústia pessoal, em reação ao nível de aclamação que recebeu como artista solo com o álbum triplo de 1970, o All Things Must Pass, e seu projeto, junto de Ravi Shankar, em 1971, o Concerto para Bangladesh, primeiro evento beneficente desse porte na história.
A natureza reveladora da letra da canção tem incentivado as comparações do álbum Living In The Material World com o Plastic Ono Band, de John Lennon, de 1970. Cada um com suas análises e conclusões, pois são álbuns geniais. Eu, particularmente, prefiro não fazer esse tipo de comparação. Adoro os dois álbuns.
Esta canção, notável como uma balada dramática da veia de um Roy Orbison, apresenta orquestração e coral, ambos organizados por John Barham .
Alguns comentadores consideram o desempenho vocal de George ao nível dos melhores de sua carreira, enquanto o seu estilo de produção tem sido comparado ao do produtor dos Beatles, George Martin . Lá vêm mais comparações...
Além de George, os músicos na gravação são Nicky Hopkins, Klaus Voormann e Jim Keltner.
Revisores descreveram Who Can See It diversas vezes como "uma canção que não compromete na repetição do seu ponto simples", um testemunho de "dor, uma obra-prima de saudade", e uma "declaração inequívoca" sobre a identidade de George.
De acordo com a sua auto-imagem como músico, independentemente de seu passado como um beatle, George incluiu Who Can See It no setlist de sua turnê norte-americana 1974 com Ravi Shankar , a primeira turnê por lá de um ex-membro dos Beatles, desde o break-up da banda no dia 10 de abril de 1970. Com certeza queria que a ouvissem ao vivo. Pena que ele foi acometido de uma laringite terrível e sua voz não estava nada legal nesta turnê, mas isto é outra história.
Portanto, vamos curtir George numa de suas mais tocantes e magníficas interpretações! A tradução segue abaixo do player. George!
Unplugged (The Official Bootleg) é um show acústico de Paul gravado em 25 de janeiro de 1991, lançado em CD em 20 de maio de 1991 e que deu início à Série MTV Unplugged.
A formação da banda de Paul nessa época era: Hamish Stuart na guitarra, Robbie McIntosh também na guitarra, Linda nos teclados, percussão e vocal, Blair Cunningham na bateria e percussão e Paul "Wix" Wickens no piano, teclados, acordeão, percussão, baixo e vocais.
E é deste show que vem a canção que você vai ouvir agora: Ain't No Sunshine, de Bill Withers, e cantada por Hamish Stuart.
O interessante é que Robbie McIntosh está nos teclados, Paul "Wix" Wickens no violão, Linda e Blair na percussão e Paul está na bateria! Isso é que é versatilidade!
E o melhor é que provavelmente aconteceu um problema técnico e é solicitado ao Paul que repitam a canção! Cool! Play it loud!
Mama's Little Girl é uma canção de Paul gravada em 1972, durante as Red Rose Speedway Sessions. A sua mixagem final só se daria em 1987, no Air London Studios, em Londres.
Paul cantou Mama's Little Girl como parte de um medley num show em 1973 chamado James Paul McCartney TV Special, mas a canção não foi ao ar.
Mama's Little Girl foi oficialmente lançada apenas em 1990 como o lado B do single que contém Put it There no lado A e na versão japonesa do álbum Flowers In The Dirt. Por fim, ela foi lançada também em 1993 como bonus na versão remasterizada do álbum Wild Life de 1971. Listen and enjoy!
(Because I Know) You Love Me So é uma canção escrita por John Lennon e Paul McCartney e que nunca foi lançada oficialmente.
Os Beatles a tocaram nos ensaios do álbum Get Back (que mais tarde se tornaria o Let it Be) em janeiro de 1969.
Esta canção também foi provavelmente uma do repertório pré-fama da banda.
Ela possuiu em estilo country que lembra a música de Buck Owens (cuja Act Naturally foi gravada pelos Beatles, com Ringo nos vocais, em 1965).
Outras músicas de estilo country conhecidas por terem sido gravadas pelo grupo incluem What Goes On, Won't You Please Say Goodbye? (também uma das early songs de John e Paul - em breve a colocaremos aqui no blog) e uma composição de Ringo, Don't Pass Me By.
No post de hoje você vai ouvir a canção (Because I Know) You Love Me So editada por um fã.
Como foi dito anteriormente, ela foi gravada durante os ensaios de Get Back e escrita no final de 1950 / início de 1960 e pode ser ouvida parcialmente no disco dois do álbum Let it Be... Naked, lançado em 17 de novembro de 2003.
Apesar de ser um take muito divertido e descontraído, Paul canta uma voz horrível em cima de uma parte do solo de guitarra, efetivamente arruinando a batida da música até que a banda recebe de volta em sincronia. Aqui, o fã editou e deixou-a de fora. Em cima, ele adicionou novas transições entre um par de seções da música para aumentar o comprimento. Além disso, ela ficou em falso estéreo... Listen and enjoy!
Tug of War é o álbum que Paul lançou em 1982. Ele vem a seguir do McCartney II, de 1980, e é o primeiro álbum solo oficial de Paul, após a dissolução do seu conjunto Wings, desmanchado em abril de 1981.
As Tug of War Sessions contaram com a participação de Ringo e do velho e amigo produtor George Martin. Foi também o primeiro álbum de Paul após morte de John.
O post de hoje contém uma canção deste disco, Ebony and Ivory, cuja gravação que foi lançada oficialmente traz um dueto de Paul e Stevie Wonder. Porém, o take que você vai ouvir é de apenas Paul cantando, sem a presença de Stevie. Let's go, Paul!
Revolution é uma canção de John, atribuída à dupla Lennon / McCartney, que aparece em duas distintas encarnações: a elétrica Revolution, lançada no lado B do single que contém Hey Jude no lado A em 28 de agosto de 1968 e a lenta Revolution 1, lançada no White Album em 22 de novembro de 1968.
Uma terceira versão, numa experimentação de John chamada de Revolution 9, aparece também no White Album.
Porém, surgiu no início de 2009 uma quarta: a Revolution 1 - take 20, uma oficial não-lançada versão da canção, a qual pode ser considerada um híbrido de Revolution 1 e Revolution 9 e não um take alternativo de Revolution 1.
A canção surgiu pela primeira vez na Europa num bootleg "Revolution: Take... your knickers off!", numa homenagem a Lennon, pois no início do referido take o engenheiro responsável faz uma pequena confusão quanto ao número dele: "-Take...", e John (sempre aprontando!) emenda numa imitação de um famoso cantor na época chamado Tiny Tim: " -Take your knickers off and let's go!".
Quanto à forma como a música vazou, isso é um mistério ainda maior. De acordo com o livro de Mark Lewisohn The Beatles: Recording Sessions, apenas dois registros do take foram feitos durante a gravação da música, que foi concluída em 04 junho de 1968. Uma cópia saiu do estúdio com Lennon naquele dia, e a outra ficou para trás. Não está claro qual cópia aparece no bootleg, nem como os fabricantes dele a adquiriu.
A gravação é similar à versão da Revolution 1 do White Album, com várias diferenças, incluindo a ausência da guitarra de abertura. Há também uma série de efeitos sonoros e vozes que não aparecem na versão final, incluindo um coro de "Mama, dada, mamãe, dada" cantado por George Harrison e, possivelmente, junto da então namorada de Paul McCartney, Francie Schwartz.
A parte mais fascinante desta gravação começa onde a versão de Revolution 1 do álbum desaparece. Nesta mix a pista torna-se uma cama para improvisações e ad-libs, que mais tarde formaram a base de Revolution 9. Embora ela não tenha muitos dos efeitos sonoros de colagem de Lennon, as ligações entre as duas gravações podem ser claramente ouvidas.
Esta mixagem foi levada por John depois de ter sido concluída. A versão anterior está disponível há algum tempo, mas contou com um monólogo de Yoko Ono por cima de boa parte da música...
Esta mix limpa, de melhor qualidade do que a de bootlegs previamente ouvidos, foi festejada por fãs dos Beatles como um achado significativo.
Há informações também de que John estava deitado de costas durante a gravação dos vocais para fazer sua voz soar diferente.
Listen and enjoy!