Hoje, 10 de abril, faz 44 anos da separação dos Beatles. E o blog destaca uma remixagem da música I Am the Walrus, composta por John, o fundador da banda.
I Am the Walrus é uma canção creditada à dupla Lennon / McCartney e lançada no álbum Magical Mystery Tour, em 1967. No dia 24 de novembro ela também aparece como lado B do single que tinha Hello, Goodbye no lado A, que alcançou o primeiro posto do Top Ten no REINO UNIDO e nos EUA.
John escreveu parte da letra, segundo ele, em duas distintas "viagens" de ingestão de drogas. Alguns versos foram escritos após John ler que um professor de sua antiga escola, Quarry Bank Grammar School, estava utilizando as letras das músicas dos Beatles para as aulas de inglês. Então ele escreveu alguns versos totalmente sem sentido para confundir os que fossem utilizar esta canção para análise. Puro John!
Ele fez uma junção de três diferentes canções que resolveu fundir numa só. A primeira, é inspirada em uma sirene de ambulância: "I-am-he as you-are-he", "Mis-ter cit-y police-man" . A segunda, inicia-se no verso: "Sitting in a english garden...". A terceira, é a mistura da letra que ele escreveu para confundir os gramáticos.
A letra é, como um todo, sem sentido: típico do humor de John, que se divertia muito com isso. Inúmeras interpretações vêm sendo dadas ao longo dos anos para entendê-la. John, mais tarde, na letra de Glass Onion do White Album, dispararia: "Well here's another clue for you all / The walrus was Paul".
John dizia que essa música é de influência dylanesca. O truque usado por Bob Dylan seria de nunca dizer o que você queria dizer, fazendo parecer que havia algo mais escondido. A letra da música é efetivamente nonsense com uma mistura de viagens de LSD que ele já havia feito. John não gostava de pessoas que tentavam descobrir mensagens em suas músicas e disse ter feito I Am The Walrus para confundi-las.
Há portanto várias interpretações dos versos de I Am The Walrus. Muitos dizem que a frase "I'm crying" (estou chorando), que é repetida durante a canção, se refere a morte de Brian Epstein, empresário dos Beatles, do qual John era muito próximo, mais do que Paul, George e Ringo. A música foi gravada em apenas 9 dias depois da tragédia (Brian Epstein morreu de uma overdose de remédios para dormir).
No final da música o coro de 30 homens e mulheres canta o verso "everybody's got one" (todo mundo tem um). Quando perguntado em uma entrevista a Playboy o que ele queria dizer com isso ele simplesmente respondeu: " -Qualquer coisa, você escolhe. Um pênis, uma vagina, um ânus. Você escolhe". Esse verso é praticamente ininteligível porque mistura a base rock dos Beatles, 30 violoncelos, barulhos eletrônicos, o som de alguém falando, tudo isso além do coro.
No final da música muitos fãs que acreditam na morte de Paul dizem ter ouvido, como em Strawberry Fields Forever, a frase "I buried Paul" (Eu enterrei Paul), John disse na verdade "Cranberry sauce" (calda de fruta silvestre). O ritmo é inspirado em uma sirene policial.
Ouça agora I Am The Walrus, numa remixagem onde a voz de John está bem destacada (atenção: a música não acaba em 2:03, há apenas uma pausa no canal da voz de John, voltando somente em 2:11). Ok, John!
I Am the Walrus (remix)
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