terça-feira, maio 27, 2014

THAT'S MY LIFE

Alfred Lennon, o pai de John
That's My Life (My Love And My Home), de Alfred Lennon, pai de John, foi originalmente lançada em 1965, pela Pye como single (7N 35290). Ela foi escrita pelo próprio pai de John e pelo seu empresário Tony Cartwright e teve produção de John Schroeder com a ajuda de Alan Tew. 

No portal da Beatles Brasil eu li que Alfred Lennon, nasceu no dia 14 de dezembro de 1912 em Liverpool. É sabido que a relação de John com os pais, Julia e Alfred, foi muito conturbada. Alfred conheceu Julia Stanley, uma garota de apenas 14 anos, no Sefton Park, em 1927 com quem namorou durante 10 anos. Nesse meio tempo, Alfred se tornou um marinheiro comerciante em suas viagens fora do país. Em 1930, ele foi para o mar e se tornou garçom de um navio. Entre as viagens ele ficava na casa dos Stanley na New Castle Road, Wavertree, e ensinava Julia a tocar banjo. 

Eles se casaram em 3 de dezembro de 1938 e quando John nasceu, em 9 de outubro de 1940, ele estava no mar. Depois de vários sumiços e complicações, que impediam Alfred de mandar dinheiro para Julia, ela teve um rápido relacionamento com outro homem e deu à luz a uma menina em 1945, mas um casal norueguês adotou a criança. Posteriormente Julia passou a viver com John Dykins, deixando seu filho John com sua irmã Mimi, na Menlove Avenue. 

No verão de 1946, Freddie ligou para Mimi e perguntou se ele poderia levar John a Blackpool. Mimi disse que não poderia recusar e Freddie levou seu filho para ficar num flat com ele e um amigo em Blackpool. Durante as poucas semanas que eles passaram juntos, Freddie perguntou a John se ele desejava ir à Nova Zelândia com ele. A ideia de Freddie veio quando seu amigo se mudou pra lá e via boas chances para trabalhar no mercado negro. Julia chegou ao flat furiosa dizendo que John deveria voltar com ela, mas Freddie perguntou ao garoto se ele queria voltar com a mãe dele ou se queria ir para a Nova Zelãndia. John disse que queria ir com o pai. Julia deu meia volta e foi embora, mas o garotinho de 6 anos mudou de ideia e saiu correndo atrás da mãe, que o levou de volta para a casa de sua irmã Mimi. 

Em 1964, Freddie finalmente decidiu abandonar a vida no mar e foi trabalhar como porteiro no Greyhound Hotel, Hampton, perto de Londres. O jornal Daily Express descobriu que ele era pai de John e queria promover um encontro entre ele e seu filho famoso. Freddie foi ao set de A Hard Day's Night mas John não pôde recebê-lo, pedindo para que deixasse seu endereço para que ele pudesse escrever. John mandou uma carta para Greyhound com uma nota para "Querido Alf, Fred, pai, papai, ou o que seja", com 30 libras inclusas. John passou a enviar regularmente 20 libras por semana a Freddie, que se mudou para um flat em Kew, tendo sua vida registrada em várias revistas e à mercê dosflashes. Ele também se encontrou com um empresário que quis gravar um disco seu, com uma canção chamada That's My Life, (a canção do post de hoje) que foi lançada como single em dezembro de 1965 pela Pye Records. No encarte, o seguinte texto: "Freddie Lennon, 53 anos, pai de John, gravou o seu 1º disco. Foi intitulado That's My Life (My Love And My Home)". 

No final de 1967, Alfred e seu filho se reconciliaram. Na época Freddie começou a namorar uma estudante de 19 anos, o que desagradava a todos. Com 56 anos, Freddie tinha 3 vezes a sua idade. A família da garota era contra o relacionamento, mas eles foram para a Escócia e se casaram lá. Foram viver em Brighton. 

Quando seu filho David nasceu (John teve outro irmão por parte de pai! Estará vivo?), eles o levaram para John conhecer no Tittenhurst Park. John achou aquilo nojento e os expulsou, pois aquela situação lhe trazia amargas lembranças. 

Anos mais tarde, quando Freddie estava morrendo, John conversou com ele pelo telefone em várias ocasiões, apesar de Freddie mal poder falar. Quando ele morreu, em 01 de abril de 1976, John se ofereceu para pagar seu funeral, o que foi rejeitado por sua então viúva, Pauline. 

A canção gravada por ele tem sons de mar (Freddie era marinheiro), a voz tem a característica típica de John e é mais falada do que cantada em tom country. Ela conta a história da vida dele. Listen!

terça-feira, maio 20, 2014

MY LOVE BELONGS TO WHO CAN SEE IT

Who Can See It é uma canção de George Harrison , lançada em seu álbum de 1973, o Living in the Material World

A letra reflete os inquietos sentimentos de George em relação ao legado dos Beatles, três anos após a dissolução da banda, bem como um grau de amargura em seu estado inicial em relação aos ex-companheiros John Lennon e Paul McCartney, durante a carreira do grupo. 

Músicos, críticos e biógrafos sugerem que George escreveu Who Can See It durante um período de angústia pessoal, em reação ao nível de aclamação que recebeu como artista solo com o álbum triplo de 1970, o All Things Must Pass, e seu projeto, junto de Ravi Shankar, em 1971, o Concerto para Bangladesh, primeiro evento beneficente desse porte na história. 

A natureza reveladora da letra da canção tem incentivado as comparações do álbum Living In The Material World com o Plastic Ono Band, de John Lennon, de 1970. Cada um com suas análises e conclusões, pois são álbuns geniais. Eu, particularmente, prefiro não fazer esse tipo de comparação. Adoro os dois álbuns.

Esta canção, notável como uma balada dramática da veia de um Roy Orbison, apresenta orquestração e coral, ambos organizados por John Barham . 

Alguns comentadores consideram o desempenho vocal de George ao nível dos melhores de sua carreira, enquanto o seu estilo de produção tem sido comparado ao do produtor dos Beatles, George Martin . Lá vêm mais comparações...

Além de George, os músicos na gravação são Nicky Hopkins, Klaus Voormann e Jim Keltner. 

Revisores descreveram Who Can See It diversas vezes como "uma canção que não compromete na repetição do seu ponto simples", um testemunho de "dor, uma obra-prima de saudade", e uma "declaração inequívoca" sobre a identidade de George. 

De acordo com a sua auto-imagem como músico, independentemente de seu passado como um beatle, George incluiu Who Can See It no setlist de sua turnê norte-americana 1974 com Ravi Shankar , a primeira turnê por lá de um ex-membro dos Beatles, desde o break-up da banda no dia 10 de abril de 1970. Com certeza queria que a ouvissem ao vivo. Pena que ele foi acometido de uma laringite terrível e sua voz não estava nada legal nesta turnê, mas isto é outra história.

Portanto, vamos curtir George numa de suas mais tocantes e magníficas interpretações! A tradução segue abaixo do player. George! 

Who Can See It (outtake) 


Quem Pode Vê-lo  (Who Can See It)
George Harrison

Eu tenho sustentado 
Fui atropelado 
Eu posso ver claramente agora 
durante estes anos que se passaram, 
quando eu tocava de reboque a linha. 
Só peço, que o que eu sinto, 
não deva ser negado a mim agora, 
Como tem sido feito, e 
Eu vi que a minha vida pertence a mim 
Meu amor pertence a quem pode vê-lo 
 Eu vivia com medo, 
Eu estive lá, 
Eu fui pra lá 
e vi a minha parte deste mundo triste 
E todo o ódio, que é agitado 
Só peço, que o que eu sei, 
não deve ser negado a mim agora 
Como foi aprendido, 
E eu vi que a minha vida pertence a mim 
Meu amor pertence a quem pode vê-lo 
 Só peço, que o que eu sinto, 
não deve ser negado a mim agora 
Como tem sido feito, e 
Eu vi que a minha vida pertence a mim 
 Meu amor pertence a quem pode vê-lo. 
 Meu amor pertence a quem...

segunda-feira, maio 12, 2014

TAKE CARE RINGO!

Unplugged (The Official Bootleg) é um show acústico de Paul gravado em 25 de janeiro de 1991,  lançado em CD em 20 de maio de 1991 e que deu início à Série MTV Unplugged.

A formação da banda de Paul nessa época era: Hamish Stuart na guitarra, Robbie McIntosh também na guitarra, Linda nos teclados, percussão e vocal, Blair Cunningham na bateria e percussão e Paul "Wix" Wickens no piano, teclados, acordeão, percussão, baixo e vocais.

E é deste show que vem a canção que você vai ouvir agora: Ain't No Sunshine, de Bill Withers, e cantada por Hamish Stuart.

O interessante é que Robbie McIntosh está nos teclados, Paul "Wix" Wickens no violão, Linda e Blair na percussão e Paul está na bateria! Isso é que é versatilidade!

E o melhor é que provavelmente aconteceu um problema técnico e é solicitado ao Paul que repitam a canção! Cool! Play it loud!


domingo, maio 11, 2014

STILL I WILL REMEMBER

Mama's Little Girl é uma canção de Paul gravada em 1972, durante as Red Rose Speedway Sessions. A sua mixagem final só se daria em 1987, no Air London Studios, em Londres.

Paul cantou Mama's Little Girl como parte de um medley num show em 1973 chamado James Paul McCartney TV Special, mas a canção não foi ao ar.

Mama's Little Girl foi oficialmente lançada apenas em 1990 como o lado B do single que contém Put it There no lado A e na versão japonesa do álbum Flowers In The Dirt. Por fim, ela foi lançada também em 1993 como bonus na versão remasterizada do álbum Wild Life de 1971. Listen and enjoy!