domingo, dezembro 13, 2015

JAI GURU DEVA... OMMMMM

Hoje separamos o sensacional registro de Across The Universe, com a brasileira Lizzie Bravo e sua colega londrina Gayleen Pease, que estavam na porta dos estúdios da Abbey Road tietando os Beatles, cantando o refrão. Era fevereiro de 1968 e Lizzie contava com apenas 15 anos de idade.

Lizzie e Gayleen se surpreenderam quando Paul apareceu lá de dentro dos estúdios e perguntou: "- Quem alcança uma nota alta aí?". Elas, sem pestanejar, gritaram: "- Eu!". E foram com Paul para dentro dos estúdios gravar.

Inacreditável? Pode ser, mas aconteceu! Simples assim! Pois é.

Tal como aconteceu com I Me Mine, Across The Universe foi vista e ouvida no filme Let it Be rodado em 1969 e, portanto, foi praticamente obrigada a comparecer no álbum. Como ela não foi retomada mais tarde nos estúdios da Apple, onde as filmagens e as gravações se findaram, optou-se por utilizar a gravação da faixa da sessão original nos estúdios Abbey Road de fevereiro de 1968, quase um ano antes do início do projeto Get Back.

O problema era que a música tinha acabado de ser lançada em dezembro de 1969 pela World Wildlife Fund como um álbum de caridade chamado No One's Gonne Change Our World.

A eventual inclusão no álbum atual exigiria usar a mesma gravação - já que ela não foi retomada -, mas de alguma forma fazendo parecer diferente da versão da World Wildlife Fund e mais como uma gravação de Get Back. Para fazer isso, o produtor contratado para o projeto, Glyn Johns, mixou a faixa incluindo Lizzie Bravo e Gayleen Pease nos backing vocals.

Nota-se que as vozes delas são audíveis, mas são mantidas no fundo. Além disso, por inclusão de alguns segundos de conversa de John no início, Johns foi capaz de criar a ilusão de que esta era uma gravação diferente. Deve-se notar que Phil Spector teve o mesmo tipo de atitude com a música para dar contornos finais ao então Let It Be, lançado em 9 de maio de 1970, mesmo que essas atitudes tenham tomado rumo diferente, mas isso é assunto - e que assunto! - para outro post...

Lizzie contou mais tarde: "- A versão no disco Let it Be (gravado em janeiro de 1969 e lançado somente em maio de 1970) é bem diferente. Foi aproveitada apenas a voz de John e o produtor Phil Spector colocou cordas e um coral.". Ainda segundo Lizzie: "- John disse que Across The Universe é uma de suas músicas favoritas, talvez sua melhor letra, embora nunca tivesse sido gravada como merecia.". Listen: Beatles, Lizzie and Gayleen!

terça-feira, dezembro 08, 2015

ROOTS

Hoje completam-se 35 anos sem John. Que Deus o abençoe, onde que que ele esteja.

E o blog Beatles Outtakes traz John numa das interpretações mais sensuais da sua carreira! Foi assim:

No início de 1975 John deparou com um álbum lançado sem autorização: era o famoso, e  hoje raríssimo,  John Lennon Sings Great Rock´n´Roll Hits - Roots.

Era um disco que John vinha gravando desde 1973 e que continha os rocks antigos de que tanto gostava e que, de certa forma, os inspirou na criação de muitas das suas canções.

Brigas à parte, John viu então a necessidade de lançar logo o álbum Rock'n'Roll, pela EMI também em 1975, único álbum em que John não assina nenhuma canção, apenas canta sucessos antigos. O disco foi produzido por ele e Phil Spector e traz pérolas como Slippin´and Slidin´ de Little Richard, Be-Bop-A-Lula de Gene Vincent e Peggy Sue de Buddy Holly.

E o Roots, mesmo sendo um piratão, conseguiu chegar aos 10 mais das paradas de sucesso dos EUA e do REINO UNIDO. John exigiu a retirada do disco de circulação e ainda embolsou uma bela grana pelo processo evidentemente ganho contra a gravadora Adam VIII.

E a postagem de hoje é da canção Be My Baby, de Ellie Greenwich / Jeff Barry e Phil Spector, que só foi lançada no álbum Roots, originalmente gravada pelas The Ronettes em 1963.

Porém, esta é uma versão alternativa de 1974! Cool! Enjoy!